Como lidar com emoções difíceis sem se culpar.
- Sheyla Pereira
- 19 de nov.
- 2 min de leitura
Sentir tristeza, raiva, medo ou frustração faz parte da experiência humana. No entanto, muitas pessoas carregam consigo a crença de que essas emoções são “erradas” ou sinal de fraqueza, gerando culpa e autocrítica. Esse ciclo de julgamento interno, além de doloroso, dificulta a nossa capacidade de entender o que realmente está acontecendo dentro de nós.

O primeiro passo para lidar com emoções difíceis é reconhecer que elas existem. Negar ou tentar sufocar o que sentimos raramente resolve o problema; pelo contrário, pode intensificar a sensação de desconforto. Permitir-se sentir não significa se entregar ao sofrimento, mas sim observar o que surge com curiosidade e gentileza. Imagine que você é um jardineiro atento, observando cada planta em seu jardim: algumas flores florescem, outras murcham, mas todas têm seu valor e seu ciclo.
Outra forma de acolher essas emoções é dar nome ao que se sente. Expressar sentimentos em palavras, seja escrevendo em um diário, conversando com alguém de confiança ou mesmo refletindo silenciosamente, cria uma distância saudável entre você e a emoção, ajudando a compreendê-la em vez de ser engolido por ela.
É igualmente importante lembrar que emoções difíceis não definem quem você é. Elas são respostas naturais a situações desafiadoras e muitas vezes contêm informações valiosas sobre necessidades não atendidas, limites ultrapassados ou medos que precisam ser olhados com cuidado. Em vez de se culpar por sentir, pode ser mais construtivo perguntar: “O que essa emoção está tentando me mostrar?”
Práticas de autocuidado, como respiração consciente, caminhada, meditação ou simplesmente permitir-se um momento de pausa, ajudam a estabilizar a mente e o corpo, criando espaço para processar o que surge. E, quando a culpa ou a autocrítica aparecem, é essencial tratá-las com a mesma delicadeza que você ofereceria a um amigo querido. Lembre-se: você não precisa se punir por sentir.
Por fim, lidar com emoções difíceis é um aprendizado contínuo. Cada experiência de acolhimento nos ensina um pouco mais sobre nossos limites, nossas necessidades e nossa capacidade de resiliência. O objetivo não é eliminar o desconforto, mas aprender a caminhar ao lado dele com coragem, paciência e compaixão.
Sentir não é sinal de fraqueza. Reconhecer, compreender e respeitar nossas emoções é, na verdade, um gesto profundo de cuidado consigo mesmo.




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